CITinova é apresentado na Academia de Cidades, em Buenos Aires

A coordenadora do CITinova, Ana Lúcia Stival, discorreu sobre os acúmulos do projeto na mesa de abertura do evento

Entre os dias 25 e 27 de outubro, a cidade de Buenos Aires, na Argentina, recebeu o Academia de Cidades UrbanShift para a América Latina e Caribe, um treinamento presencial focado em planejamento urbano integrado que reuniu cerca de 50 participantes de 6 países.

Na mesa de abertura, a coordenadora do CITinova, Ana Lúcia Stival, representando o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), refletiu sobre os dilemas enfrentados pelas cidades e apresentou experiências brasileiras inovadoras em planejamento urbano sustentável e integrado.

“Apesar de ocupar apenas 3% da superfície terrestre, as cidades consomem mais de dois terços do fornecimento global de energia e estão associadas a mais de 70% das emissões globais de carbono. No Brasil, essa realidade não é diferente. É um país mega diverso e principalmente urbano, com mais de 85% de sua população vivendo em cidades”, afirmou Stival.

O CITinova busca justamente incidir nesse cenário, de desafios latentes em relação ao crescimento desordenado das cidades. Executado pelo MCTI, o projeto foi implementado inicialmente nas cidades de Brasília e Recife, com a proposta de reduzir 3,8 milhões de toneladas de emissões de CO2, por meio do investimento em tecnologia inovadoras; promoção do planejamento urbano sustentável e integrado; e criação de plataformas de conhecimento, contendo indicadores e bases de dados de soluções inovadoras.

Neste ano, com o apoio do GEF-7, o CITinova entrou em sua segunda fase, expandindo sua área de atuação para as regiões metropolitanas de Belém (PA), Teresina (MA) e Florianópolis (SC).

“Queremos reunir evidências sobre a viabilidade econômica, social e ambiental de projetos urbanos sustentáveis e disponibilizá-los para gestores públicos e a sociedade como um todo em uma plataforma de dados nacional”, apontou Stival, que completou: “Também vamos fortalecer e mobilizar instrumentos financeiros para o desenvolvimento urbano sustentável operados por instituições financeiras nacionais”.

Sobre o UrbanShift

O UrbanShift é a marca para o Programa de Impacto em Cidades Sustentáveis, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). Atualmente, a iniciativa está apoiando projetos em 23 cidades espalhadas por 9 países da África, Ásia e América Latina.

No Brasil, Belém, Florianópolis e Teresina recebem apoio do programa, com foco em planejamento baseado em evidências; desenvolvimento de baixo carbono; conservação da biodiversidade; e financiamento inovador.

A Academia de Cidades é um braço do UrbanShift, que prevê formações online e presenciais direcionadas, principalmente, para tomadores de decisão locais, funcionários técnicos e planejadores urbanos.

Os treinamentos abrangem oito áreas de interesse: Planejamento Urbano Estratégico; Governança de Dados; Soluções Baseadas na Natureza; Economia Circular; Finanças; Desenho de Bairros Integrados e Sustentáveis; Planejamento Integrado para Ação Climática; e Gestão do Crescimento Urbano no Sul Global.

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