São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco e Ceará são alguns dos locais onde as autoridades buscam soluções para reduzir a temperatura média em até 2ºC
A maior seca dos últimos 500 anos na Europa, a mais severa onda de calor na China desde a década de 1960 e a intensidade das chuvas de monção na Ásia não deixam dúvidas: a mudança climática já afeta a vida em todo o mundo. Com mais da metade da população concentrada em áreas urbanas, cabe às cidades buscar alternativas que amenizem os efeitos — e muitas delas têm sido baseadas na própria natureza. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que incentiva a busca de soluções para mitigar efeitos das mudanças climáticas, parques urbanos podem reduzir a temperatura, em média, aproximadamente 1°C durante o dia.
Distrito Federal (DF) e Recife integram o programa Citinova, do PNUMA, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente. Em Brasília, a previsão é que os períodos sem chuva e mais quentes serão mais longos, ameaçando o abastecimento d’água. Em Recife, tempestades mais volumosas e com duração mais curta poderão causar mais inundações, enxurradas e deslizamentos. Este ano, a Região Metropolitana de Recife registrou a terceira maior chuva da história, com pelo menos 180 mortos.